ORIGEM
Essa cultivar foi originária de cruzamentos de diversos acessos de Setaria sphacelata originários da Matsuda Genética e posterior seleção (trata-se de uma população híbrida obtida pelo método de policross). Os cruzamentos tiveram início em 2004 e a seleção de plantas com boa produção de forragem, maior quantidade de folhas, porte mais baixo e menores teores de oxalato, características superiores a cultivar Kazangula, comercializada há anos.
DESCRIÇÃO DA PLANTA
A cultivar MG11 Tijuca é uma gramínea tetraplóide, de ciclo perene, planta entouceirada de crescimento ereto, altura em torno de 1,65m, com folhas de coloração verde-azulada, folhas com mais de 30 cm de comprimento e mais de 1,0 cm de largura, colmo fino com 0,38 cm de diâmetro. A planta possui bom desenvolvimento do sistema radicular e presença de rizomas.
RECOMENDAÇÕES DE USO
Possui boa qualidade nutricional, tolera solos de média a baixa fertilidade, recomendada para bovinos nas fases de cria, recria e engorda. Pode ser utilizada também para equinos. A boa tolerância aos solos mal drenados faz com que a MG11 Tijuca seja uma boa opção para substituir a Humidicola nestas áreas. Além disso, possui a vantagem de apresentar melhor qualidade nutricional e as sementes não apresentam dormência.
O pastejo deve ocorrer com plantas de 60 a 70 cm, até a altura de 20 cm do solo.
TEORES MAIS BAIXOS DE OXALATO
O Oxalato de Cálcio é um composto químico que pode ocorrer em algumas plantas forrageiras. Quando consumido pelos animais através do pastejo, pode causar intoxicação, caracterizado por andar cambaleante, tetania, diarréia e corrimento nasal, em alguns casos sanguinolento. Outro problema é a deficiência de cálcio, principalmente nos equinos. A MG11 Tijuca foi selecionada visando a diminuição desses teores de oxalato na planta. Apresenta teores em torno de 4%, enquanto que a cultivar Kazangula esses chegam a 7% na matéria seca.